De acordo com o advogado e especialista Antônio Bernardes, o acerto está em fase de detalhamento de termos e ainda precisa ser ratificado por todos os países membros de cada bloco.
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Acertado durante uma reunião do G-20 em junho de 2019, o acordo entre Mercosul-União Europeia precisa de poucos detalhes para ser colocado em prática. De acordo com o advogado e especialista Antônio Bernardes, o acerto está em fase de detalhamento de termos e ainda precisa ser ratificado por todos os países membros de cada bloco. Em entrevista ao G1, o especialista falou sobre os benefícios que o acordo traz ao estado do Pará.
Segundo Antônio Bernardes, o acordo Mercosul-União Europeia trabalha na redução tarifária e benefícios econômicos e comerciais, bem como político institucional, de médio a longo prazo entre os blocos. Este acordo acabou se tornando a segunda maior integração comercial do mundo em PIB, ficando atrás, apenas, do acordo entre União Europeia-Japão.
Na prática, haverá reduções tarifárias para produtos sul-americanos comercializados na Europa e vice-versa. Por conta disso, os materiais exportados ficarão mais baratos.
Assim, o Pará pode se beneficiar com o aumento na vaga de emprego, exportação e recebimento de investimentos. O empresários paraenses, observando os procedimentos certos e métodos adequados, terão aumentado o acesso de suas commodities ao mercado europeu, além do acordo atrair investimentos para promover a verticalização da produção no estado.
No entanto, de acordo com o especialista, as políticas do governo brasileiro em relação ao meio ambiente tem travado as negociações para a liberação do acordo. De acordo com a União Europeia, os episódios de queimadas na Amazônia e no Pantanal denotam negligência do governo federal na questão da sustentabilidade.
A indústria europeia está cada vez mais procurando meios de produção sustentável. É com esta toada que o advogado Antônio Bernardes aposta na forma de que o empresariado paraense deve tirar vantagem do acordo Mercosul-União Europeia. Segundo ele, as questões ambientais, especialmente para evitar as queimadas na Amazônia, pode ser utilizadas para atrair o capital e investimentos para negócios sustentáveis e que estejam relacionados a biodiversidade.